quinta-feira, 29 de abril de 2010

PRATICANDO O BEM COMO JESUS

1 Pe. 3:13-22
INTRODUÇÃO
Pedro neste texto estabelece um princípio básico: Todo mundo gosta do que é bom e certo (v.13)
De fato, nas nações mais pagãs ao redor do mundo, há princípios e atitudes de bondade, bem como condenações por atitudes erradas.
Mas Pedro também abre uma possibilidade para a existência do sofrimento por causa da justiça.
Então, o que é que pega?
O bem, enquanto na esfera humana, é distorcido, maculado por outros sentimentos ou motivações: egoísmo, parcialidade, interesses próprios, merecimentos, etc.
Podemos dizer que a bondade no homem é um sentimento para dentro, ou seja, tem como referencial o próprio homem, por isso não funciona.
Estabelecemos uma regra:
Bônus do que é bom – próprio homem
Ônus do que é bom – do próximo
Pedro, neste texto dá as diretrizes para a prática do bem que funciona e, em seguida, apresenta o referencial absoluto para a prática do bem.

I.DIRETRIZES PARA A PRÁTICA DO BEM

1.Santificai a Cristo em vosso coração (v.15)
Neste modelo, a razão absoluta passa a ser Cristo. Qualquer ação é por causa de Cristo, de seu amor, de sua obra.
Se Cristo é Deus e morreu por mim, então não há sacrifício tão grande que não possa fazer por ele.”
Veja a declaração de Paulo: Gl.6:17

2. Responder pela razão da esperança (v.15)
Neste caso o que é primordial é a experiência.
Somente aquele que tem Cristo como Salvador e Senhor é capaz de exibir reais motivações para o bem.
A experiência com o Senhor irá firmar nossas convicções.
Quando se age com convicção, evita-se as defesas agressivas, as questões particulares e o partidarismo.
Declaração de Paulo: Gl.2:20

3. Fazendo tudo com boa consciência (v.16)
Aqui é imperativo o conhecimento de Cristo.
Ele mesmo disse: Eu vos dei o exemplo.
A boa consciência vai resultar no bom procedimento.
Qualquer boca se cala quando percebe que não há nada secundário em nossas atitudes.
Qualquer coração reconhece quando percebe o objetivo maior que é Cristo.
A boa consciência tem tudo a ver com o conhecimento da palavra de Deus.


II. REFERENCIAL ABSOLUTO PARA A PRÁTICA DO BEM

Cristo Jesus.
A abnegação de Cristo é absoluta em todos os tempos.
O bem maior conquistado por Cristo: conduzir-vos a Deus (v.18)
A ação maior necessária: Cristo morreu pelo pecado e pela injustiça (v.18)
Cristo estendeu sua obra redentora aos que foram antes dele (v.19-20)”aqueles que noutro tempo”
Cristo estendeu sua obra aos que foram depois dele (v.21) “Agora também vos salva”
Pela sua ressurreição, Cristo é o modelo e intercessor absoluta de todas as eras (v.22).

CONCLUSÃO
Concluimos dizendo : “ porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, seja a glória eternamente. Amém.” Rm.11:36

APRENDENDO A SERVIR COM JESUS

1 Pedro 2:18-25

INTRODUÇÃO
O enfoque do apóstolo Pedro agora é direcionado à classe dos servos, o que era muito comum naquela época.
Pedro exorta a estes irmãos na maneira como deveriam servir e glorificar a Deus.

1.Algumas informações básicas a respeito dos servos

a) Tinham suas orelhas furadas como símbolo de propriedade ( Ex.21:6;Sl.40:6)
b) O servo jamais será maior do que seu senhor, seja em conhecimento, vontade ou nobreza ( Jo.13:16)
c) O servo desejado é bom e fiel ( Mt.25:23)
d) O servo problemático é mau e negligente ( Mt.25:26)
e) O que o servo faz não é digno de mérito – é obrigação de servo ( Lc.17:10)

2. Informaçòes sobre os servos, no texto básico de hoje.

a)O servo deve ser submisso pela sua própria condição de servo e não pelo tipo de senhor que possui (v.18)
b)Cada um dará contas de si mesmo a Deus; o servo como servo e o senhor como senhor. Um erro não justifica outro(v.19). Veja o exemplo de Hagar ( Gn.16:6-10).
c) O inspirador do servo crente é Jesus e sua submissão é antes de tudo a Deus (v.20).

3. O maior de todos os servos: Jesus (v.21)

a) Não abriu a sua boca ( Is.53:7)
b) esvaziou-se de si mesmo ( Fp.2:5-8)

4. O Servo Jesus apresentado por Pedro no texto básico.

a) Foi esbofeteado pelos pecados que não eram dele (v.21,22)
b) Entregou-se totalmente em submissão ao Senhor ( v.23)
c) Fez todo trabalho sozinho (v.24)

5. Como deve ser o servo hoje de acordo com os ensinos bíblicos?

> Deve ser um seguidor dos passos de Jesus.
Quais passos?
a) Ef. 4:2 – humildade, mansidão e paciência
b) Ef.5:1,2 – andar em amor
c) Ef. 5:20,21 - sujeição
d) Ef. 6:6,7 – não servindo à vista somente
e) Cl. 3:17- fazer tudo em nome do Senhor Jesus

CONCLUSÃO

Vamos lembrar da exortação de Pedro:
“...pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos o exemplo para seguirdes os seus passos.”(v.21)
Amém.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O GETSÊMANI DA ALMA

Mateus 26:36-46

INTRODUÇÃO( v.36,37)

Um dos estágios muito difíceis do sofrimento de Cristo que antecedeu sua morte pelos nossos pecados, foi o tempo que Jesus passou no Getsêmani (v.37). Ali Jesus enfrentou sua luta mais difícil: a luta com sua própria alma (v.38).
No Getsêmani Jesus traçou um discurso agonizante, um conflito profundo que procurou compartilhar com alguns de seus discípulos e com o próprio Pai. Ocorreu ali, de fato, um esmagar da alma, para retirar dela o sumo mais intenso e derramá-lo aos pés do Senhor por cada um de nós. Quando Paulo fala que Cristo foi obediente até à morte, esta decisão foi confirmada no Getsêmani.
Getsêmani significa literalmente “prensa de azeite”. E alma, o que representa? Em linhas gerais, é o ser que respira, a pessoa em si, a essência existencial que é dotada da capacidade de avaliar, escolher e decidir.
Esta passagem da vida terrena de Jesus tem muito a nos ensinar acerca de como lidar com nossa própria alma.
Apesar de todo sofrimento, Jesus declara, já na cruz, falando de seu ministério terreno: “Está consumado”, ou seja, missão cumprida, posso entregar o espírito.
Mas, como chegar a este estado de plenitude da alma?
Na experiência de Jesus, podemos perceber três estágios essenciais para a plenitude da alma.

1.DESNUDAMENTO( v.39,40)
Diz respeito a expor abertamente o estado mais profundo da alma.
Jesus não ocultou os seus sentimentos mais intensos. Compartilhou-os com seus discípulos e ainda expos sua necessidade: Fiquem comigo.Demonstrou como era importante seus discípulos no processo de conforto da alma(v.40).
Jesus expos em profunda sinceridade o seu íntimo perante o Pai.
O salmista diz: “Coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” ( Sl.51:17).

2. RECONHECIMENTO( v.40-44)
Ao expor sua dor, Jesus também mostra algumas coisas que precisamos aprender para nós:
a)Existem situações que são irremediáveis. Jesus orou três vezes repetindo as mesmas palavras, mas mostrou compreensão: Faça-se a tua vontade (v.42).
b)Ninguém pode fazer nada. Três vezes seguidas os discípulos dormiram. Quem realmente penetra nossa alma, é o Senhor.
O salmista diz: “ É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel.”(Sl.121:4).
c) Precisamos encarar nossas reais fraquezas (v.41). Apesar de haver verdadeira intenção, nossa natureza é fraca e pede sempre o contrário. Só há solução, quando nós mesmos reconhecemos nossas fragilidades.

3. ENFRENTAMENTO( v.45,46)
Depois do tempo precioso com o Pai, Jesus declara: “É chegada a hora”.
a)Reconheceu ser este o único caminho a trilhar, como antes já dissera: “eu vim para esta hora.”
b)Jesus não resistiu, nem fugiu ao caminho designado para sua alma. Como disse o profeta, ele “derramou a sua alma na morte.” (Is.53:12).

CONCLUSÃO
Lucas nos diz que, neste Getsêmani da alma, Cristo recebeu consolo provido pelo próprio Pai (Lc.22:43).
Daí, ser tão importante conhecermos algumas passagens bíblicas:
a)Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte (Sl.23:4)
b)Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados (Mt.11:28)
c)Eis que estou convosco todos os dias (Mt.28:20)
Que você possa descansar em Deus quando estiver lidando com os pontos obscuros de sua alma.
Amém.

O QUE NOS UNE NO SENHOR

1 Pe. 3: 1,7

INTRODUÇÃO
Há um ditado que diz: os opostos se atraem. Isto é meio verdade: somos unidos pelas diferenças e também pelas semelhanças.
Na verdade, homem e mulher não são competidores, nem concorrentes, mas sim auxiliadores.
Assim sendo, não há como comparar, pois são diferentes.
Quero destacar no texto de Pedro 03 características básicas que unem um casal no Senhor.

1.SIMILARIDADE, ou identidade, ou semelhança
“...sois herdeiros da mesma graça de vida...”
Diante de Deus, não há homem, nem mulher. Deus nos vê idênticos em Cristo: herdeiros da salvação, da imagem de Cristo, tendo as mesmas necessidades de confissão e perdão de pecados. Fora isso, há a questão dos atributos morais e muitos atributos físicos idênticos.

2. PECULIARIDADE, ou distinção ou diferença
“...tendo consideração...como parte mais frágil...”
É preciso compreender o que quer dizer “frágil”.
Deus dotou a mulher de uma parte muito fraca no homem: sensibilidade. Isto significa, sentimentos mais apurados, visão mais ampla, maior capacidade de agüentar pressão e conflitos,...isto tudo requer muita força.
O homem é mais instintivo, racional, grosseiro...o que seria dele se não fosse ela?

3. CUMPLICIDADE, ou unidade ou co-participação
“...mulheres,sede submissas aos vossos próprios maridos...”
“...maridos, vós igualmente, vivei a vida comum do lar...”
Em outras palavras, a responsabilidade, dedicação, submissão ao lar e um ao outro, é igual para ambos. Ambos devem completar um ao outro e não comparar ou competir.
O nível de responsabilidade é igual para ambos.

CONCLUSÃO
Enquanto esta visão clara não for estabelecida, os lares poderão até ser pacíficos, ordeiros, mas não plenos de alegria e realização.

terça-feira, 6 de abril de 2010

PRECONCEITO ALÉM DA VISTA

Em linhas simples, pré-conceito (escrito à propósito), é o conceito que se forma antes do conhecimento claro a respeito de determinada pessoa ou situação.
Hoje se fala muito sobre preconceito racial e preconceito sobre preferência sexual. Existem inúmeras outras formas de manifestação preconceituosa. Mas os citados, são termos tão gritantes que quase chegam a limitar toda a dimensão do que venha a ser preconceito a estes assuntos.
Mas, precisamos caminhar mais.
O que dizer, por exemplo, de pessoas que rejeitam ou rotulam a Deus, com os mais diversos adjetivos, muitos pejorativos, demonstrando profundo desconhecimento experiencial. Julgam à partir da opinião de outros, que por sua vez ouviram de outros, sem terem jamais experimentado o Senhor? ( Os.6:3;Jo.8:32).
Ou ainda, quantas vezes, nós mesmos somos rejeitados, vituperados, tornados até motivos de chacotas, por pessoas que não nos conhecem, não convivem conosco, no entanto se satisfazem em ouvir opiniões parciais a nosso respeito e daí já definem nosso rótulo? (Mt.6:1).
Se lembrarmos aqui, que Jesus resumiu toda a lei e os profetas em dois preceitos a saber: “Amarás ao Senhor teu Deus de toda tua alma e de toda tua força e de todo teu entendimento, e ao próximo como a ti mesmo” (Mt.22:37-40), perceberemos que o preconceito tal como exposto aqui, é uma quebra radical deste ensinamento divino fundamental.
De fato, por este ângulo, percebemos que Preconceito vai muito além da vista.
Texto de opinião
Pastor Paulo Chaves Barbosa