segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

COMUNHÃO, MAIS DO QUE PALAVRAS

Atos 4:32-35

Quem de nós já não foi visitar uma determinada igreja e se sentiu despercebido, tratado com indiferença?
Comunhão é um tema muito falado, cantado, desejado, mas ainda uma luta na vida da igreja; ainda é o calcanhar de Aquiles.
O que este texto bíblico pode nos ensinar acerca da comunhão?
Há um fato que me chama a atenção, quando se trata da igreja primitiva: o crescimento acelerado, transformando-se rapidamente em multidão.
De fato, multidão é o sonho de consumo dos líderes em geral e da própria igreja.
Nada contra a multidão mas, o outro fato que chama a atenção na igreja primitiva é que a multidão era percebida em sua individualidade.
Neste contexto, podemos aprender com a igreja 3 ações básicas para que a comunhão seja mais do que palavras.

1.É preciso ver as pessoas (v.32)
“...tudo porém lhes era comum.”
A unidade do coração e da alma demonstra para nós que as pessoas se viam. Há em nosso meio uma facilidade, uma tendência em olhar coletivamente para as pessoas.
Ex. Num determinado culto haviam dez pessoas, quando o esperado eram cem. Dizemos: “ Não havia ninguém no culto!”
Gostamos de multidão.
Caso, contrário, caminhamos para o outro extremo: nosso grupo de afinidade, e o fechamos em torno de nós. Há muitas pessoas passando despercebidas.

2. É preciso ouvir as pessoas (v.33 e 35)
“Em todos havia abundante graça...à medida que alguém tinha necessidade.”
Como se define as necessidades das pessoas hoje? Há os que necessitam de alimentos, roupas, remédios, etc. mas, há outros que necessitam de consolo, amizade, serem ouvidos, atenção...
Como podemos descobrir estas necessidades? Ouvindo as pessoas.
Precisamos conhecê-las de fato e não deduzir suas necessidades.
O texto afirma que nenhum necessitado havia entre eles.

3. É preciso dar atenção às pessoas (v.35)
Ás vezes até sabemos muito sobre as pessoas, mas, tão rápido quanto sabemos, esquecemos. Precisamos transformar a curiosidade e o mero conhecimento em ação prática.
O que fazemos com a abundante graça que existe sobre nós?

Para que a comunhão da igreja não seja apenas palavras, precisamos erguer os olhos e perceber com profundidade os que nos rodeiam.
Se isso não acontecer, a igreja perde o seu caráter de família, de corpo, de melhor lugar (Salmo 84).
Amém.

Um comentário:

  1. Tema importantissimo este. Muitas vezes as pessoas entram em uma igreja(Templo) procurando algum tipo de apoio ou ajuda, infelizmente a maioria das pessoas buscam a Deus quando estao caidas, precisando de uma mao para se levantar, mas quando estao felizes acham que nao precisam ir a igreja... Conhecemos mais aquela pessoa que frequenta nossa casa, divide conosco sua vida do que aquela que so lembra de voce quando esta na pior, sem ninguem. Como podemos chamar a Deus de Pai se nao mostramos condicao de filho? Que filho e esse que nem vai a casa de seu pai???
    Outra grande dificuldade sao as inumeras placas de igreja, doutrinas diferentes, ficamos escolhendo ou procurando em qual nos sentiremos melhor e as vezes acabamos por nao congregar em nenhuma. Parabens pela postagem , Pastor!

    Veronica

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